Muito se fala sobre autoestima... Sobre como é importante ter boa autoestima e, ao mesmo tempo, cada vez mais vemos pessoas com problemas nessa parte da vida.
Vamos entender um pouco sobre como tudo isso funciona?
Muitas vezes a autoestima é compreendida de maneira equivocada. As pessoas confundem com se achar bonita, estar com boa aparência e aceitar suas características físicas. Tudo isso até está relacionado a uma boa autoestima, mas na verdade é algo mais profundo e envolve muito mais do que isso.
A autoestima é o valor que se dá a si mesmo, ou seja, o quanto você se valoriza.
Aquilo que nós valorizamos, que é estimado por nós, é algo que cuidamos, protegemos, não tratamos de qualquer maneira, dedicamos um tempo de qualidade para ele e guardamos num lugar especial em nossa mente e coração. Isso vale para coisas e pessoas.
Então, alguém que tem boa autoestima, cuida de si mesma com carinho e respeito, se valoriza e não se diminui para impressionar ou agradar a outras pessoas.
Portanto, a baixa autoestima é muito mais do que não aceitar suas próprias características físicas. Pode até estar relacionada à insatisfação com a autoimagem corporal, mas não é definida por isso. Uma pessoa pode estar insatisfeita com seu corpo e querer melhorá-lo por se valorizar e acreditar que pode melhorar, para se sentir bem consigo mesma, ao invés de ser porque não se acha boa o suficiente e atribui essa sensação ao corpo e seu jeito de ser.
Quando se tem boa autoestima, ou como também se fala, alta autoestima, além de se valorizar mais, torna-se capaz de se conectar com quem realmente é, tendo profundo autoconhecimento, e também a capacidade de lidar melhor com as pessoas em seus relacionamentos, seja na família, no namoro ou casamento, no trabalho ou outros ambientes. Isso porque, não se deixa levar por qualquer situação ou opinião, pois sabe seus princípios e propósitos, entende e reconhece seu valor e posicionamento.
Sabemos que algumas situações de crise e relacionamentos, as redes sociais e mídias podem interferir no nível de autoestima das pessoas. O ponto desta interferência é que quando estão com baixo autoconhecimento as pessoas começam a se medir pela vida dos outros, a colocar para si parâmetros que vem de fora e que não fazem real sentido para elas.
Outro ponto importante a esclarecer é que a autoestima tem relação com a forma como se realizam as atividades, mas não é definida pelo humor e animação. Também não é diretamente definida pela motivação apesar de poder te desconectar do seu centro de equilíbrio e propósito. Isso quer dizer que manter a motivação e o ânimo não dependem só da autoestima.
Porém, uma baixa autoestima pode interferir na sua crença de autoeficácia que é a crença que as pessoas tem naquilo que se consideram aptas e se sentem capazes de fazer. Pessoas com baixa autoestima, por não se sentirem capazes, podem acabar ficando desanimadas e desmotivadas.
A baixa autoestima pode causar ansiedade, insegurança, procrastinação, entre outras sensações incômodas por desconectaram as pessoas da realidade do presente, de suas próprias metas e as fazerem se comparar com algo que não é seu. Tudo isso que vai levando alguém a se desvalorizar, se diminuir e deixar de acreditar em seu potencial de desenvolvimento.
Algumas atitudes que prejudicam muito a autoestima e muitas vezes são reproduzidas automaticamente, sem notarmos que são nocivas:
Comparação - ficar comparando sua vida, suas conquistas com a vida e conquistas dos outros;
Perfeccionismo – nunca achar que as coisas estão boas ou perfeitas o suficiente, demonstra forte insatisfação com a realidade;
Crenças limitantes – acreditar que você é capaz de menos do que na verdade é e por isso se limita a nem tentar;
Não saber dizer não – ao dizer sempre sim para os outros, você pode dizer muitos nãos para si mesma e se desvalorizar;
Autocrítica negativa – não reconhecer suas potências e estar sempre se diminuindo e julgando negativamente;
Medo de rejeição – por insegurança em ser do jeito que é acaba agindo de acordo com o pensamento dos outros e tem muito medo de não estar qualificada;
Falta de confiança – o nível de autoconfiança é muito baixo quando alguém não se valoriza, também a confiança nos outros é inadequada;
Não reconhecer suas conquistas – dessa forma a insatisfação é muito grande e deixa-se de perceber seu valor e capacidades.
Muitas coisas interferem na autoestima e a maioria delas parte de nós mesmos de forma inconsciente. Portanto, é importante voltar o olhar para si mesmo e observar se faz isso para se vigiar e parar de reproduzir hábitos e sensações que acabam sendo prejudiciais.
E para, melhorar a autoestima então, o que pode ser feito?
Não existe uma fórmula mágica, mas perceber como se está reagindo às situações em sua vida e como tem se desvalorizado já é um primeiro passo para motivar a busca por mudança. Por muito tempo você aprendeu que não era tão boa, que outras pessoas eram melhores e deixou de se reconhecer e valorizar, então tenha paciência consigo mesma, pois o caminho de volta é um processo.
De forma prática, uma das primeiras coisas que pode fazer é reconhecer suas conquistas e respeitar sua história, quem você é... um caminho de vida que não é igual ao de ninguém. Entender que não dá para comparar com mais ninguém, pois você vivenciou e vivencia coisas que fazem parte apenas da sua história. Coisas que formaram e te ensinaram a ser quem você é hoje, e isso merece muito respeito.
Faça uma lista de suas potências e qualidades, também daquilo que você gostaria de melhorar em si mesma para que comece a validar o que faz parte de você.
Pense quantas vezes você achou que não merecia algo ou que não podia ter ou realizar e se coloque de forma diferente nessas casos para compreender e tomar uma nova postura.
Busque melhorar por você mesma, não para mostrar a ninguém. Sentir-se confortável em ser quem é sem precisar da afirmação de outra pessoa é o mais importante para ter uma autoestima melhor.
Priorize-se! Se colocar em primeiro lugar é o principal indício de amor próprio e autoestima em dia!!!
Não quer dizer que você deva ignorar os outros e só pensar em você, mas sim que antes de tudo você tem direito de pensar em si, seus desejos, limites e possibilidades.
♥️Isso jamais será egoísmo. Um coração que se vê em primeiro lugar, sabe dar e receber muito mais amor!
Reconheça o seu valor para si mesma, também para a vida do outro, não se diminua e não permita que façam isso com você.
**Se tudo isso pareceu difícil de ser colocado em prática por você, busque ajuda profissional do Psicólogo para que possa trabalhar nessa em outras áreas da vida de forma a se tornar cada vez mais consciente e consistente em sua própria existência.