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RECLAMAR – por que não é bom para a saúde mental?


Falar sobre reclamação é prevenção e cuidado com a saúde mental, ou seja, aprender a se conhecer, prevenir o surgimento de certas questões, ter uma vida melhor e cuidar da saúde mental antes que ela fique crítica.


Reclamar não é grave, não é uma síndrome, não desencadeia diretamente um transtorno, não provoca nenhuma crise emocional, enfim, não é um sintoma de nenhuma doença psicológica...


Porém, reclamar demais pode te fazer ficar num ponto de maior vulnerabilidade em relação à sua vida e pode te levar a desenvolver sintomas de transtornos e questões psicológicas.


Você acha que reclama muito?

Como parar de reclamar se sente que as coisas não estão boas?


A verdade é que reclamar não adianta, não resolve o problema e não fortalece o seu emocional, pelo contrário.


Reclamação tem ligação com insatisfação. A gente reclama quando não está satisfeito com algo, quando há um descontentamento, há algo que nos desagradou, que nos frustrou. Na maioria das vezes a gente reclama como forma de aliviar uma tensão em relação a algo que está nos incomodando.


Há um ponto de inflexão até onde a reclamação pode ser saudável ou humanamente natural e não prejudicial. Um ponto até onde a reclamação é uma expressão de uma insatisfação, de um descontentamento, de uma tristeza...


O problema é quando você não consegue sair desse lugar e fica reclamando sem parar e de tudo. Nada está bom ou é suficiente, começa a produzir uma insatisfação crônica, tudo te incomoda.


Dar uma reclamada “básica” faz parte da vida, é humano. “Atire a primeira pedra quem nunca reclamou.”

O que quero dizer é: não é que não se possa reclamar, nós temos o direito de reclamar se algo nos deixa insatisfeitos, chateados, etc. Mas, se você só reclama, esvazia suas forças e não consegue lidar com a situação que está provocando a insatisfação.


É preciso ter consciência do lugar da reclamação em você. Que não seja de lamúria, de contínua lamentação – algo que fica repetindo e não age, que te enfraquece, quase tendo um “muro das lamentações” pessoal para reclamar, chorar, se penalizar, se sentir a coitadinha, a vítima.


Dentre alguns dos significados dessa palavra encontramos que ela vem da palavra clamor, o que seria uma forma de pedir e clamar várias vezes por algo.


Reclamar demais faz você repetir e relembrar diversas vezes de algo que não te deixou bem, não te coloca na perspectiva de fazer algo diferente para não se sentir mais assim, além de parecer uma avalanche... você reclama de uma coisa, quando percebe está reclamando de várias e nada está bom.


Neurologicamente, o ato de reclamar, libera cortisol – o que em pequenas quantias não faz mal, mas se você reclama demais e libera demais esse hormônio pode ser prejudicial, te deixar tenso, com dor de cabeça, irritado, com desconfortos físicos, mais ansioso. Daí não consegue ver saída, não consegue agradecer por nada, não consegue ver o lado bom das coisas, fica mais pessimista e inseguro.


A orientação é que você não se prenda só à reclamação. Se permita ficar insatisfeito, reclamar e desabafar o incômodo, constatar o que não está legal para você e buscar formas de resolver e lidar com isso, agir para que não continue sendo um incômodo.


Não é parar de reclamar forçadamente, mas encontrar formas de lidar com os desconfortos da vida.


Não ficar reclamando, não resolve os problemas, mas te ajuda a estar mais centrado, mais estruturado emocionalmente para lidar com as situações difíceis.


Uma das principais formas de romper com o ciclo de reclamações é encontrar motivos simples para agradecer.


Só ficar reclamando não adianta, não resolve nada e nem te faz mudar de perspectiva.

Te faz sofrer e vivenciar ainda mais a situação desagradável. Bloqueia sua visão ao que você pode ser grato, apesar de nem tudo estar saindo como você pensou.


Não se renda à reclamação constante!

A reclamação cega a gratidão! Sem gratidão não se estrutura uma existência forte e consciente.


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