Por muitas vezes no cotidiano diante das tensões e da ansiedade a comida se torna uma válvula de escape por trazer a sensação de prazer, conforto e preenchimento. Porém, hoje eu vim te dar um alerta: NÃO COMA SUAS EMOÇÕES!!!
Claro que o universo culinário é maravilhoso e cheio de opções a serem experimentadas, porém quando não se está em plena conexão consigo mesmo, até a alimentação passa despercebida. Você começa a fazer escolhas alimentares pouco saudáveis, come mais do que o necessário e às vezes sem parar e sem perceber. Isso faz com que o lugar de pensar em problemas e coisas desconfortáveis a serem resolvidas ou compreendidas seja preenchido pela comida. Aí você nem se alimenta direito, nem compreende direito suas emoções para lidar melhor com elas.
O descontrole na alimentação geralmente indica que há mais do que a fome física em jogo e que há algo que precisa ser olhado com mais atenção. Contudo, não necessariamente é um quadro compulsivo...
A compulsão alimentar é um distúrbio alimentar que vai além do exagero, mesmo sem fome ou necessidade do alimento, e passa a acontecer com uma frequência bem maior. Para esse diagnóstico é preciso analisar o caso. Não necessariamente quem tem ansiedade e come bastante vai estar assim.
Então você pode me perguntar: o que fazer para ter controle sobre minha alimentação?
E a primeira coisa que te digo é: NÃO FAÇA DIETA!
Pode parecer estranho à primeira impressão ao ler isso, mas vou explicar o porquê.
A ideia da dieta é conhecida culturalmente como um período em que alguém monitora e faz restrições em sua alimentação para se recuperar de algum problema de saúde ou emagrecer mais rapidamente. Porém, também é conhecido como algo que tem prazo definido. É comum ouvir (ou dizer) frases como: “Quando acaba a dieta?” ou “Depois que acabar a dieta...” Não é verdade?
Essa ideia deturpada da melhora na alimentação que traz a ideia da dieta pode causa impactos como o famoso efeito sanfona, além de frustrações, ansiedade e desânimo.
Então o ideal é, ao invés de pensar em uma dieta, buscar uma forma de reeducação alimentar – o que precisa passar tanto pelos seus hábitos alimentares quanto pelas suas emoções e sentimentos. Definir um propósito de vida com uma rotina saudável, sem cobranças excessivas e com aceitação de suas melhores escolhas emocionais e alimentares.
No começo será mais difícil, pois você está habituado a comer alimentos mais práticos, calóricos e açucarados e sem se perceber. Para isso existem alimentos que podem ajudar na saciedade e até mesmo te acalmar num momento de ansiedade. Eu sou fã dos chás e seus efeitos para essa finalidade.
Entenda que ao pensar em comer bem o controle principal é sobre si mesmo em relação ao seu momento, ao que você come e às escolhas alimentares que faz. Para isso, é muito importante que você exercite sua autopercepção, ou seja, reconheça como você está se sentindo e a real necessidade de comer.
Compreenda a forma e por que você come. Veja se é uma fome fisiológica onde seu organismo indica que precisa de nutrientes ou se é vontade de comer, o que está relacionado com seu psicológico e suas emoções e desejos e também pode ser influenciado por impressões externas, por exemplo, querer comer algo que viu alguém comendo.
Quando não se quer realmente mudar a alimentação, mantém o pensamento só em emagrecer - que é o resultado, o ganho final - e de preferência que seja rápido, acaba tendo o foco distorcido, ficando mais ansioso e tendo dificuldades no emagrecimento.
Para ter controle sobre isso, é necessário definir uma rotina saudável como seu propósito e comprometer-se com isso. Desejar ter um corpo saudável, vai muito além do que emagrecer.
Para isso lembre-se da importância de prática de exercícios físicos na rotina para liberar energia e tensão. Através das atividades físicas você melhora seu metabolismo, logo os alimentos são melhor digeridos, modifica sua condição física, diminui a ansiedade e melhora seu estado psicológico.
Agora vou te sugerir alguns hábitos práticos que você pode desenvolver para se perceber e ter controle da alimentação:
Observe os momentos em que geralmente aumenta sua compulsão por comida para ocupar esse tempo com outras coisas.
Deixe de seguir em suas redes sociais as páginas de lanchonetes e docerias que geram estímulo de desejo por alimentos que deseja evitar.
Pense no retorno e na sensação de satisfação que terá resistindo e lidando com o desejo momentâneo de comer.
Mastigue bem, preste atenção ao que come e tente não comer com pressa ou fazendo outra coisa.
Espere um tempinho antes de comer para notar se é mesmo fome ou vontade de comer, se é seu corpo dando sinais de que necessita de energia e alimento ou sua mente com sinais de que precisa fazer algo.
Acredite que você consegue passar esse momento de aflição sem comer por estar nervoso.
A alimentação é pra ser algo prazeroso, se você tem um propósito alimentar pra te trazer bons resultados, não encare como um fardo.
Aceite a realidade e se comprometa com a mudança não só física, mas emocional! Emoção assumida, não vira comida!
E, se você realmente escolheu mudar, busque sustentar seu objetivo.
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