Isso mesmo! A Mulher Maravilha faz parte só da ficção, na vida real ela não faz muito sentido.
Muitas mulheres se confundem com isso e se esforçam além do necessário e possível para dar conta de muitas coisas e fazer todas com perfeição, como se tivessem superpoderes.
Ao mesmo tempo que a imagem da heroína Mulher Maravilha contribuiu para o empoderamento feminino, ela criou uma imagem fictícia de supermulheres para o século XXI, uma ilusão que a mulher deve ter superpoderes, ser bem-sucedida profissionalmente, ser excelente mãe e dona de casa, uma ótima amante para o companheiro e estar em ação 24 horas por dia para dar conta de tudo. Melhor ainda se ela estiver em boa forma física, com roupas incríveis e maquiada.
É claro que essa supermulher por vezes vive no limite de suas capacidades físicas e mentais, pois se cobra demais e não entende que a perfeição não existe. A sensação de que nunca é suficiente é constante, aí aparece a grande vilã: a culpa.
Se você age como se pudesse e tivesse que dar conta disso tudo continuamente e sem falhas, ou seja, com perfeição e quando isso não acontece (o que é humanamente impossível mesmo), você se sente extremamente frustrada, você pode estar vivenciado essa síndrome.
Você se cobra para dar conta de todas as tarefas com perfeição?
Um dos pontos que leva à esta síndrome é o perfeccionismo. Há uma necessidade muito forte de demonstração de força, capacidade de superação e vontade de acertar. Na sua essência isto é ótimo, mas estes sentimentos acabam tomando proporções que começam a serem nocivas à vida feminina e seus relacionamentos.
Pode até parecer bravo e bonito à primeira vista, mas não é nada saudável, pois essas mulheres vão ficando esgotadas, irritadas, se sentindo sobrecarregadas, desvalorizadas... a autoestima vai enfraquecendo e o que antes parecia bom, começa a se tornar um fardo.
A síndrome da mulher maravilha não é uma doença em si, mas pode desencadear problemas como estresse, ansiedade transtorno de pânico, síndrome de burnout e depressão.
Existem inúmeros sintomas que podem caracterizar a exaustão mental. Os principais são: desânimo, cansaço excessivo, insônia, dificuldade de concentração, perda de memória, alterações constantes de humor, irritabilidade, perda ou ganho de peso, angústia e tristeza.
Para ser uma Mulher Maravilha na vida real, você só precisa dar conta de ser quem você é, entendendo que nem tudo é você quem precisa resolver e que a perfeição é um conceito de qualidade muito relativo. Assim você se cobrará menos e se permitirá viver mais leve e intensamente.
O processo terapêutico pode ajudar diversas "mulheres maravilha" a se darem conta de que elas não precisam o tempo inteiro serem perfeitas. Podem ressignificar sua história de vida e sua percepção para encontrar equilíbrio e seguir adiante com qualidade de vida física e emocional.
“A super mulher que dá conta de tudo e que é perfeita não existe.
Ela mora em filmes de ficção, em histórias em quadrinhos, em redes sociais, mas essas não nos representam!
Mulheres reais têm vidas reais com histórias reais. Não precisamos sair por aí, salvando o mundo enquanto morremos em vida nos esmagando em padrões e culpas que a sociedade traz e alimenta a cada dia. Precisamos sim, nos salvar do mundo.
Precisamos nos manter vivas, felizes, desfrutando de uma vida de qualidade, com saúde física emocional e espiritual. Com nossas forças e fraquezas. Com todas as nossas imperfeições. Com toda a nossa beleza.” (Renata Passos)
Está tudo bem se você se dedica mais e escolhe ser melhor - e não perfeita - nos papéis mais importantes.
VOCÊ NÃO PRECISA DAR CONTA DE TUDO AO MESMO TEMPO E AQUILO QUE CONSEGUIR FAZER NÃO PRECISA SER PERFEITO!
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